relogio

sábado, 24 de abril de 2010

Eliane Giardini fala sobre sua nova faceta: diretora de cinema



A atriz dedicada, todo mundo conhece, mas Eliane Giardini não se acomoda com a rotina e sai em busca de novas experiências. Além de viver sua primeira protagonista na TV, a professora de dança Hélia, de "Tempos Modernos", a mãe de Mariana e Juliana Betti, frutos de sua relação com o ator Paulo Betti, estreia como diretora no cinema. E, melhor ainda, ao lado da família. "A Mariana trabalhou comigo na direção, ela tem um olhar mais técnico. Eu tenho um olhar mais como espectadora. Mas fizemos uma dobradinha legal! A Juliana é produtora da Casa da Gávea e, no curta, ela cantou uma música do Arnaldo Antunes", conta a paulista de Sorocaba, que ao lado das filhas filmou o curta "Filtro de Papel".

O desafio foi tão enriquecedor e prazeroso que Eliane não pretende parar por aí. Mesmo tendo emendado um folhetim no outro, já que no fim de "Caminho das Índias", em setembro do ano passado, ela já estava escalada para a atual faixa das 19h, tem planos de filmar novamente em breve: "Mesmo com a novela no ar, até o meio do ano quero dirigir um média-metragem chamado ‘Reflexões'. A história é uma adaptação de uma fábula japonesa que fala sobre um pai e um filho que vivem isolados da civilização. Gostei muito deste conto porque é uma síntese das coisas que penso, de como vejo o mundo".

Tanta atividade não significa que tenha abdicado completamente de sua vida pessoal. Pelo contrário. Eliane não vê a hora de voltar a ter um tempo só para si mesma: "Tenho um lugar certo para ir assim que terminarem as gravações da novela: a minha casa. Estou precisando parar para descansar, para voltar à minha rotina, cuidar de mim, caminhar na praia de Ipanema, ir ao dentista, fazer ginástica. Quero voltar para o teatro. Há quase quatro anos não piso num palco", lembra ela, que revela estar solteira: "Não estou apaixonada e o meu coração está bem".

Leia a seguir a entrevista na íntegra.

TE CONTEI: Na novela "Tempos Modernos" você interpreta Hélia, ex-bailarina e professora de dança. Como está sendo a experiência com a dança? A dança a tem seduzido de que forma?
ELIANI GIARDINI: O trabalho do ator é percorrer superficialmente todas as áreas. Quando você se vê dançando bem, dá aquela vontade de continuar. Isso me fascina. É gostoso de ver. Dançar é complicado porque exige bastante treino.

TC: A trama de Bosco Brasil fala sobre os avanços da tecnologia. Os grandes avanços a assustam? Como você lida com essas mudanças?
EG: Sempre fui uma pessoa com grande inclinação para os estudos. A tecnologia, a ciência, a filosofia e a psicologia me atraem muito. Acredito que, hoje, estamos vivendo um momento de convergência entre todas essas áreas. Atualmente tenho estudado sobre a Cabala.

TC: O que você busca nestes seus estudos sobre a Cabala?
EG: Procuro descobrir a representação de um mundo melhor. Busco uma saída para este buraco em que vivemos. Aqui as coisas acontecem de uma maneira muito aleatória. A Cabala é uma educação dos sentimentos. É um exercício para você lidar com as emoções que recebe e a melhor maneira de devolver para o mundo esses sentimentos, sem que contaminem as pessoas com o seu mau humor, por exemplo.

TC: Sua personagem, Hélia, é mãe solteira e guarda um segredo a sete chaves, que pode ser a razão pela qual esconde do filho, Zeca (Thiago Rodrigues), que Leal (Antônio Fagundes) é seu pai. Independentemente do motivo, você acha válido uma verdade como esta não ser revelada?
EG: Não sei qual é o grande segredo que a personagem está guardando, mas sou sempre a favor da verdade. O problema da verdade é que ela depende de quem ouve, de como o outro irá recebê-la. Diante de uma revelação não podemos saber como a pessoa irá reagir. Acho que a Hélia tem receio de contar a verdade porque não saberá a reação do Leal.

TC: Este é o seu primeiro trabalho na TV ao lado de Antônio Fagundes. Como tem funcionado esta dobradinha?
EG: Trabalhar com o Antônio está sendo um prazer enorme, porque somos atores de teatro, vivemos a mesma época e temos as mesmas referências. Atuar com ele tem sido gratificante demais. Estou muito feliz com este encontro.

TC: No curta "Filtro de Papel", que marca a sua estreia na direção, você contou com a contribuição de suas filhas, Mariana e Juliana Betti, frutos do seu casamento com o ator Paulo Betti. Como foi trabalhar em família?
EG: Eu e minhas filhas fazemos tudo juntas. Como esta foi a nossa primeira experiência, batemos bastante a cabeça, mas está dando muito certo. Fiquei muito feliz quando soube que nosso filme tinha sido selecionado para o Los Angeles Brazilian Film Festival, porque é difícil produzir algo e obter uma resposta. E nós tivemos, o que dá vontade de fazer outros trabalhos. A Mariana trabalhou comigo na direção, ela tem um olhar mais técnico. Eu tenho um olhar mais como espectadora. Mas fizemos uma dobradinha legal! A Juliana é produtora da Casa da Gávea e, no curta, ela cantou uma música do Arnaldo Antunes. A Juliana vai lançar o primeiro CD dela em breve. O álbum está muito bonito, diversificado e com muita MPB.

TC: Vocês pretendem produzir mais filmes?
EG: Mesmo com a novela no ar, até o meio do ano quero dirigir um média-metragem chamado "Reflexões". A história é uma adaptação de uma fábula japonesa que fala sobre um pai e um filho que vivem isolados da civilização. Gostei muito deste conto porque é uma síntese das coisas que penso, de como vejo o mundo. Acho que vocês irão gostar muito, é de uma pureza muito grande.

TC: Com a novela no ar e trabalhos no cinema, você não sente a necessidade de tirar férias?
EG: Tenho um lugar certo para ir assim que terminarem as gravações da novela: a minha casa. Estou precisando parar para descansar, para voltar à minha rotina, cuidar de mim, caminhar na praia de Ipanema, ir ao dentista, fazer ginástica. Quero voltar para o teatro. Há quase quatro anos não piso num palco. Para isso, preciso ter tempo de ler alguns textos. Quero dar uma parada geral.

TC: Você é uma mulher vaidosa? Como faz para manter a forma?
EG: Minha preocupação com a vaidade está ligada à saúde. Me preocupo em me alimentar bem e busco manter equilíbrio mental e emocional. O resto é consequência da disciplina que você desenvolve.

TC: Você está namorando?
EG: Não gosto de ficar por ficar. Gosto de me apaixonar. Não estou apaixonada e o meu coração está bem. Sou uma mulher muito curiosa, cheia de vontades, feliz em meus relacionamentos com minhas filhas, família e amigos. E tenho a felicidade de trabalhar fazendo aquilo que gosto.

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